domingo, 24 de abril de 2016

Sobre mim...

Olá a todos! Sejam muito bem-vindos ao meu blog!

Sou o Gonçalo Silva e sou aluno da escola do Montenegro,  da turma do 7ºD.

Criei este blog com o propósito de apresentar um livro que precisamos de ler até maio, cumprindo o guião de leitura proposto pela nossa professora Elisa Cardoso, da disciplina de História.
De várias opções que tinha, para apresentar o meu trabalho, como Prezi, Movie Maker, Picasa, escolhi o blog, por curiosidade, porque desconhecia como criar e “alimentar” tal ferramenta informática, e acredito que é interessante e diferente de tudo o que tinha usado até ao momento. O objetivo é fazer um post, por cada capítulo,  e porque o livro para além de ser de ficção também nos dá a conhecer o Império Romano e tudo o que caracterizou aquela  época rica, resumir parte da história e no final refletir sobre a obra.

E até tenho a ousadia de pedir a quem me lê que comente ou deixe uma mensagem.

Quem sabe se não estou a ajudar outros alunos a conhecer esta obra e a gerar a curiosidade para a lerem!

O livro

Adotei, o livro "Em Roma Sê Romano", da escritora Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, com ilustrações de Arlindo Fagundes, da editora Caminho.

Este livro pertence à coleção Viagens do Tempo, tendo como número, o 16. O modelo que temos faz parte da 4ª edição, publicado a julho de 2015, em Guide. 
Este livro chamou-me à atenção, porque pareceu-me interessante, divertido de ler, e diferente de todos os outros que me propuseram. 

A obra está dividida em capítulos e relata-nos sobre “documentos antigos” que revelam segredos e deixam no ar a suspeita de crime provocado por uma mulher linda “de morrer” e “má como as cobras”, mas que muitos homens não conseguiam resistir à sua beleza e personalidade.

A obra é de ficção, porque têm personagens atuais, do nosso século, Orlando, Ana e João que viajam numa máquina do tempo, para Roma "antiga" onde se passa todo o enredo.

Partem à descoberta da verdade e são apanhados num autêntico remoinho de cenas fortes e de emoções: lutas de gladiadores, paixões proibidas, venenos, fugas, adivinhos em ação, etc, etc. 
Cenas essas, que apesar de se tratarem de ficção,,são baseadas em factos reais da época, dos seus modos e costumes.  Como viviam e se agrupavam, as pessoas em sociedade, principalmente, os senadores e os que ocupavam grandes cargos, como os nobres, suas vestes, ocupações,  as suas crenças, medos e até desportos favoritos.

Orlando é cientista e um velho amigo de João e Ana, que são dois adolescentes normalíssimos, sempre à procura de viverem grandes aventuras. Têm os três em comum o facto de serem muito curiosos e gostarem de desvendar mistérios.

E depois de decidirem viajar ao passado, à época conhecida como a do grande Império Romano, já não se podiam  escapar porque, como diriam os romanos em latim "alea jacta est" ou seja "os dados estão lançados". E, quando assim é, não se pode voltar atrás. 


Todas as outras personagens, como o Senador Quinto Flávio, a sua ex mulher Sílvia, a sua atual, Paulina, os seus filhos, os seus escravos, os gladiadores, entre outras, que vivem na cidade de Roma, onde se passa toda a história, são personagens da época Romana, que se vestem e agem, ao longo de toda a história, como se vivia na época.  





sábado, 9 de abril de 2016

As autoras do livro

Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada são professoras e duas grandes viajantes. Ficaram famosas pela coleção de livros juvenis 'Uma Aventura' alcançando mais de 50 títulos editados e adaptações para televisão e cinema.

Os seus livros, que marcaram uma viragem na história da literatura infantil portuguesa refletem a longa e rica experiência educativa, são eco de uma infância e juventude particularmente felizes e traduzem o enorme talento das duas em comunicar com os mais novos.

Ana Maria Magalhães nasceu em Lisboa a 14 de abril de 1946, no seio de uma enorme família onde as crianças ocupavam o primeiro lugar. A casa albergava pais, avós uma tia viúva que contava muitas histórias. Recebiam muitos tios e primos que passavam, oriundos do Porto, da Régua, de Moncorvo, trazendo consigo outras histórias e linguagens e expressões diferentes. A sua infância e juventude foram pois muito alegres e com muita troca de experiências humanas.
Licenciou-se em Filosofia e em Psicologia. Casou aos 21 anos de idade, ainda estudante e começou a trabalhar na Escola Inglesa Cambrigde School e depois no Gabinete de Estudos dos Serviços de Apoio à Juventude do Ministério da Educação.
Foi professora de História de Portugal em Moçambique. E depois em Portugal. Mais uma vez e porque teve contactos com várias culturas pelas várias escolas onde lecionou, e onde formou outros professores, permitiu-lhe vivenciar várias experiências.
O Ministério da Educação chamou-a para integrar a equipa que se ocupou da Reforma do Sistema Educativo, e participou em outras atividades ligadas a este Ministério.

Mas é principalmente conhecida por ter escrito a coleção "Uma Aventura", em dupla com Isabel Alçada. 

Isabel Alçada, nasceu em Lisboa a 29 de maio de 1950, em Lisboa. Filha mais velha de uma família maioritariamente feminina.
A casa estava sempre cheia de tios e primas de todas as idades, gente muito alegre e comunicativa. O seu pai convidava muitos amigos, organizando muitos passeios e jogos, piqueniques e viagens.
Era um grande contador de histórias.
Licenciou-se em Filosofia. Casou, teve uma filha e começou a trabalhar na Psicoforma.´- Centro de Formação e Orientação Profissional.
No dia 25 de abril foi admitida no Ministério da Educação, primeiro como técnica da Direção-Geral Permanente da Educação, em 1975. Em 1976 tornou-se professora do ensino básico.
Foi diretora do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa. Começou a trabalhar no Gabinete de Estudos e Planeamento do Ministério da Educação. Assumiu o cargo de Administradora da Fundação de Serralves, em regime de voluntariado.

Formou com Ana Maria Magalhães, uma dupla na escrita infanto-juvenil em 1982. Nesta mesma data escreveram a sua primeira coleção, como já tínhamos falado, "Uma Aventura".

Da coleção Viagens no Tempo, os livros mais conhecidos são: 
"Uma viagem ao tempo dos Castelos", "uma visita à Corte do rei D. Dinis", "O Ano da Peste Negra", "Uma Ilha de Sonho", "O Dia do Terramoto", "Mataram o Rei", entre outros.



I Capítulo - Mistério antigo

O primeiro capítulo conta-nos um encontro de dois irmãos, Ana e João com o cientista de nome, Orlando.
Este último estava curioso com a descoberta que tinha feito quando visitou o seu amigo Renato, nas suas férias passadas, em Roma.
A casa de Renato estava em obras, mais propriamente escavavam o seu quintal para construir uma piscina, quando encontraram vestígios subterrâneos de uma casa com mais de 2000 anos e um cofre de ferro com rolos de papel, manuscritos com palavras escritas em latim, algumas decifráveis.
Orlando mostrou a Ana e João um dos manuscritos que trouxe com ele, que por mais esforço que fizesse não conseguia ler as letras porque se encontravam esborratadas.

Estavam muito curiosos e tinham que descobrir quem era e como vivia a família que há 2000 anos tinha vivido naquele espaço que agora o Renato queria fazer a sua piscina.

As poucas palavras que conseguiram decifrar referem-se a uma mulher chamada Sílvia. Quem escreveu dizia que as pessoas a odiavam mas também a adoravam.
Sílvia era inteligente e má mas quando chegava, quem com ela comunicasse, obedecia às suas ordens. Devia ser uma pessoa infernal!
Lia-se que tinha a voz quente e enlouquecedora. O escritor dos pergaminhos confessava que sonhava com Sílvia e sentia arrepios. Tudo indicava que estava apaixonado.
Pela descrição percebeu-se que alguém chamado Flávio encontrava-se com Sílvia às escondidas por detrás do Templo de Vénus. Mas, um dia, Sílvia levou com ela frascos com veneno mortal e só podia ser para matar o Senador Quinto Flávio.
Quem escreveu, tais palavras,  que devia ser criado ou escravo e não podia avisar ninguém, apesar das provas. Sílvia estava no mercado e não o tinha visto com o cozinheiro. Estava atormentado porque se apercebeu que podia haver uma coisa terrível e não podia fazer nada.

Terá havido crime? Perguntaram Ana e João ao Orlando.

Tinham a máquina do tempo e queriam muito saber o que tinha acontecido. Não podiam fazer nada, nem mudar a história. Mas Orlando sabia quando tudo tinha acontecido e tinha de os visitar.
Decididos a viajar no tempo, na sua máquina, concluíram que terminada a viagem, podiam utilizar a frase de César quando venceu o rei do Ponto: Veni, vidi e vici.

Curiosidades:
. Os Romanos falavam latim.
. Alguns escravos ou criados Romanos, sabiam ler e escrever.

II Capítulo – Um mergulho com dois mil anos


Orlando, Ana e João, antes de entrarem na máquina do tempo, tiveram que se vestir a rigor, com as roupas e calçado da época.
Ana escolheu umas sandálias com tiras de cabedal que atavam ao tornozelo e uma túnica amarela. Até se achou gira!
Por sua vez, João estava perplexo diante das vestimentas masculinas. Enrolavam primeiro um pano branco junto ao corpo e depois enfiavam uma túnica pela cabeça e atavam-na com um cinto. João escolheu uma túnica vermelha mas sentiu-se mal porque era como vestir uma saia. “Em Roma, sê Romano”, respondeu-lhe Orlando.
Continuou relutante quando foi a hora de se pentear. Tinha que usar franja.
A Ana teve que fazer risca ao meio, com o cabelo apanhado na nuca, preso com ganchos e uma fita de pano da cor da túnica para enfeitar o penteado.
Já Orlando vestiu-se de igual modo mas por ser adulto teve que colocar, por cima, um pano de lã fininho e comprido de modo a ficar às pregas. Era uma toga.
Chuparam uma pastilha para falarem latim, Orlando carregou no botão do comando, tipo da TV, que emitiu um raio de luz brilhante e estavam prontos para viajar na máquina do tempo. Em dois segundos retrocederam 2000 anos na história.
Foram parar no Fórum, no meio de uma multidão que, nas bancadas de madeira construídas em degraus à volta de um espaço bastante amplo que estava coberta de areia muito bem alisada, gritavam à espera do espetáculo de luta, entre gladiadores, em que só um sobrevivia.
A Ana não aguentou com tanta monstruosidade e chorou.
O João ficou muito entusiasmado quando o vencedor deu a volta à arena com uma folha de palmeira na mão direita.



Curiosidades:
.Os Romanos não calçavam sapatos nem meias, apenas sandálias muito fininhas e maleáveis e botas para soldados.
.Os homens e mulheres vestiam roupas iguais.
.Existia o Fórum que é uma grande praça rodeada de lojas, templos, tribunais e edifícios para reuniões, sempre cheia de gente.



III Capítulo – Uma cicatriz em forma de estrela

Do segundo combate, Ana quase não assistiu a nada.
Um dos homens levava uma espada curta, na mão direita e um escudo retangular na esquerda. O outro, em vez de espada, empunhava um garfo, gigantesco, de seu nome tridente. Na outra mão transportava uma rede com chumbos nas pontas como a dos pescadores.
O homem que tinha a espada conseguiu desarmar o inimigo e venceu o combate.
O público não levantou lenços brancos e o vencedor espetou a sua faca, várias vezes, no corpo do derrotado, quando este estava já deitado no chão.
Depois do combate, um cavaleiro que ia a tentar furar pelo meio da multidão, perdeu o controlo do cavalo, que empinando suas patas, derrubou Orlando, ferindo-o na testa.
O cavaleiro preocupado com Orlando, levou-os até uma estalagem que ficava numa rua estreita.
Uma senhora de nome Sara, que o cavaleiro tinha falado, apareceu  e sem  perguntar a Orlando o que se tinha passado, tratou dele.
O homem disse-lhes que era treinador de gladiadores.
Orlando estendeu-se numa cama de madeira com um colchão de palha e com a almofada também de palha. Estava tão cansado que adormeceu rapidamente. Ana ficou num compartimento mesmo ao lado, onde só havia uma cama.
João não tinha sono, então resolveu ir até ao piso debaixo ter com os gladiadores.
João teve uma surpresa tão inesperada que se engasgou com a sua própria saliva e tossiu. Tinha visto um homem que bebia regularmente, nas suas costas e na sua mão uma cicatriz uma estrela do mar exatamente igual à do gladiador que ele vira morrer na arena.







IV Capítulo- Revelação inesperada


Um escravo serviu vinho a todos os homens que permaneciam acordados e na conversa.
João detestou o vinho mas fingia que o bebia. Pensou se era possível o homem da cicatriz, tivesse sobrevivido a tantos golpes.
Todos os homens cantavam, bêbados, em coro:

Cuidado com o gladiador
Quem não tem medo da morte
E quando toca ao amor
É o homem com mais sorte...

Quando todos os homens se foram deitar, João foi atrás de Terêncio (dono da estalagem) para saber como tinha ficado o senhor da cicatriz, que se chamava Énio. Terêncio disse-lhe que não tinha morrido, apenas tinha sacos de sangue de porco no peito, que é igual ao dos homens, na barriga, e outro junto da virilha, para que o publico pensasse que o gladiador tinha mesmo morrido.

Curiosidades: 
.Em Roma, naquela época já havia um sistema de esgotos e a grande parte das latrinas estavam ligadas à grande cloaca da cidade.